Ando desaniada...
Sei que o mundo continua a rodar independente de mim, mas às vezes me sinto transparente, na maioria das vezes como se todos fingissem não me ver, mas às vezes como se ninguém me visse mesmo.
Ser atendido em uma loja é super fácil, normalmente as vendedoras te veneram... Tudo fica ótimo, seu corpo é perfeito, seu gosto é fenomenal...
Agora ser atendido numa clínica, num hospital, num serviço de atendimento ao cliente ou qualquer lugar com esse modelo de recepção balcão muitas vezes é complicado. O infeliz do outro lado do balcão faz questão de não levantar a cabeça, ficar remexendo papéis, falar ao telefone ou qualquer outra coisa, e por mais que você fique encarando-o, ele é incapaz de dizer "um minuto que já lhe atendo" ou "o que você deseja?" porque até pra receber uma simples informação esperasse dezenas de minutos.
E ser transparente em casa? Quando mamãe era viva, eu tinha sempre alguém muito interessada em ouvir o que eu pensava. Mas agora percebo que ou eu devo ser um saco porque só minha mãe me aturava ou ninguém se importa mesmo. Dizem que devemos tomar cuidado porque depois de muito tempo de convivência as pessoas da casa viram móveis. Será? Pior que se não tomarmos cuidado, isso acontece mesmo. Tem dias que nem parece ter mais alguém em casa, chegam em casa, entram no quarto e nada. A culpa é da televisão? do computador? do som? do cansaço? dos aborrecimentos do dia?
Eu realmente acredito que a culpa é do cidadão! Meu querido, bom dia, boa tarde, boa noite! Como foi seu dia? Enfim, acorda que eu estou aqui!!!
É... eu gosto de atenção... E você que lê meu blog e não escreve um comentário, está me achando transparente??? Ando desanimada até para escrever no blog...
Não sabe o que escrever? Que tal um oi? Você pode também me contar se já se sentiu assim, transparente, como se fosse um fantasma e ninguém te vê.