sexta-feira, 30 de março de 2007

Amigos,

obrigada pelos convites!
Amaria ser vizinha de cada um de vocês, imagina ter um amigo no prédio para me salvar... Seja na falta de açúcar ou numa chupeta no carro... Vizinho pobre é foda! :P

Hoje fui a um posto da Polícia Federal para renovar meu passaporte. Por que eles vencem tão rápido? O visto vale mais que o passaporte, isso faz algum sentido?

Estou com alguns trabalhos aceitos fora do país, não sei se terei financiamento para ir. Pelo sim, pelo não, estou renovando logo o passaporte.

Já estava com tudo nas mãos. Paguei a taxa há quase um mês, tirei as fotos e, no dia seguinte disso, eles entraram em greve... Mas acreditando que tudo estava normalizado, saí de manhã em direção ao Via Parque. Aproveitando, claro, o ônibus do condomínio... Deixa eu curtir em quanto há tempo :P

Chegando lá, uma fila do lado de fora. Perguntei pela senha... Não há mais senhas :/
A fila era "a espera de um milagre", confessou uma senhora na porta. Entrei e fui pedir informações. Minha maior preocupação era perder o dinheiro da taxa que paguei, fui informada que não vence.

Pasmem com a outra informação que obtive:
São distribuídas 80 senhas por dia. O posto abre às 9hs, o portão D do shopping às 8h30 e é lá que se forma uma fila antes do shopping abrir. Hoje o primeiro da fila chegou às 5hs e às 8hs já não tinha mais senha!!! Impossível... teria que chegar lá antes das 7h da manhã...

Na volta me deparei com um caminhão de mudança na porta do prédio... Sabe que passou pela minha cabeça que podia ser o comprador? Que susto! Sei que é impossível porque tenho uns meses para mudar, mas que fiquei olhando pro caminhão, fiquei. :P

O comprador ainda não apareceu, mas também está muito recente... aguardemos... Quem sabe eu alugo o apartamento dele e aí não preciso me mudar...
beijinhos

quinta-feira, 29 de março de 2007

Saudades...

"Por que Deus permite que as mães vão se embora?
Mãe não tem limite.
É tempo sem hora.
Luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba.
Veludo escondido na pele enrugada.
Água pura, ar puro, puro pensamento.
Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça, é a eternidade.
Por que Deus se lembra, mistério profundo, de tirá-la um dia?
Fosse eu, rei do mundo, baixava uma lei:
Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho,
E ele, velho embora, será pequenino, feito grão de milho”

Drummond

Breve comentário

Estava no orkut ainda pouco e me deparei com:
Sorte de hoje:
O grande prazer da vida é fazer o impossível.

Fala sério!!! Fazer o possível já é complicado, imagina o impossível!
Quem inventou essa frase? Era para servir de estímulo para alguém?

Desabrigada

Depois da tempestade vem a calmaria. Mas é impressionante como felicidade de pobre dura pouco. Bem, depois de morar na Tijuca boa parte da minha vida, vim morar na Barra. Brinquei muito com essa história pois todo tijucano quando sobe de vida vai para Barra, são os famosos emergentes. Depois que minha mãe faleceu (ano passado), as coisas ficaram meio complicadas, tudo no velho apartamento estava no nome dela e tinha sempre um mané de telemarketing ligando querendo falar com ela. Esses manés sempre diziam que o assunto era só com ela mesmo eu dizendo que era impossível... Bem, meu pai foi o nosso herói, salvou a mim e meus irmãos dessas e outras torturas... Arrumou um apartamento na Barra para morarmos, aluguel por aluguel, condomínio por condomínio. A Barra tinha muito mais a oferecer e por um custo não tão mais alto.

Aqui estou a minutos da praia e minutos do shopping, realmente emergi. Mas preciso confessar que o mais gostoso é ficar na varanda. Nunca tinha morado num apartamento com uma varanda de verdade, só aquelas tipo sacada que não cabe uma rede. Criamos alguns hábitos maravilhosos como o de trocar uma saída por um vinho na varanda. Vou sentir falta dessa varanda...

Fico preocupada com meu irmão que já tinha alguns grupos de amigos no prédio. Uma vez tocaram a campainha, eu olhei no olho mágico e mal podia ver quem era. Um grupo de crianças procurando meu irmão... Outro dia estava na piscina e caminhou na minha direção uma mulher que se não tinha idade para ser minha mãe, estava nas proximidades. Ela chegou perto de mim e disse que estavam todos querendo conhecer as irmãs do novo morador. E lá fui eu, muito sem graça, conhecer uma galera de uns 20. Sinto que essa vai ser uma outra grande perda: essas amizades.

Uma outra coisa que senti muita diferença quando cheguei aqui foi a educação dos porteiros e funcionários do prédio. Como é bom ser bem tratado. Eu que já tive uma crise nervosa com o porteiro no outro prédio, me senti tão mais tranqüila. Todos aqui estão sempre dispostos a ajudar. Imagina se algum deles iria me tratar mal por eu estar saindo tarde. Pois isso acontecia no outro prédio, sair a noite significava enfrentar o porteiro. Espero que existam mais porteiros educados por aí...

Bem, mudaremos pois o apartamento que estou foi vendido e, uma pena, não fui eu que comprei... A busca por imóvel agora é dobrada :/

quarta-feira, 28 de março de 2007

As aventuras na busca por um imóvel

Sair da "casa da mamãe" pode ser divertido pra quem tem dinheiro, mas esse não é o meu caso. Eu sempre fui muito sonhadora... Minha mãe dizia que eu sonhava alto de mais, mas que sempre conseguia arrumar uma maneira de realizar esses sonhos. Lembro dela contando orgulhosa as histórias das minhas viagens. Nunca tive um puto para fazer nada, mas pesquisava opções alternativas, juntava um trocado e ia. Está certo que voltava cheia de dívidas, mas pagava todas pensando na viagem que valeu a pena. Assim fui para Curitiba, Salvador, Brasília, Recife, Punta etc... Claro que tive algumas pessoas que deram apoio, uma casa amiga etc. Fazia tudo sem medo, tudo pela aventura.

Agora acho que fiquei velha. Sair de casa não está sendo uma aventura. Pensar que as contas vão chegar todo mês me dá até arrepios. E foi calculando o orçamento de casa que resolvi raspar a poupança e comprar um buraco que fosse para morar. Sendo assim eu não teria nem uma prestação do financiamento, nem o aluguel, uma conta de peso a menos.

Olhando o classificados percebi que ralei tanto para juntar esse dindim que para os outros, principalmente os corretores, vale tão pouco. Mas não desanimo assim tão fácil, pelo menos era o que eu achava. Estive nos prédios mais estranhos, alguém consegue imaginar 40 apartamentos num andar? Vi até ronda policial dentro de prédio... E olha que isso é em Botafogo! Mas descobri que prédios como este tem em vários lugares, tem em Copacabana e em Laranjeiras. Apartamentos com 20m2, comecei a me senti numa gaiola. Como vou montar uma casa com geladeira e tudo mais num espaço deste? Não dava. Seria muito bom morar perto de tudo, mas antes de tudo quero morar e não me hospedar num quarto sem estrela nenhuma.

Pensando assim a minha busca mudou de figura, não quero mais um buraco, quero um lugar que dê para viver, pelo menos antes da família crescer (plano de 2 ou 3 anos). O centro da cidade parecia um lugar razoável, é perto de tudo, a vida noturna é muito boa (pensem que não seria sacrifício algum ir ao Circo Voador sem carro), supermercado e metrô. Mas embora os imóveis sejam bem menos trash, não é um lugar muito seguro para uma mulher chegar a noite. Eu que muitas vezes tive que fechar arquivo para gráfica de madrugada, imagina voltar tarde do trabalho para centro...

Seguido a indicação de um amigo, descobrimos o Bairro de Fátima, um verdadeiro oásis no centro. Um lugar onde o tempo parece ter parado, uma pracinha, crianças brincando, buteco local e como disse um dos moradores "a rua é rastreada por fofoqueiros", tem sempre alguém sabendo do que acontece. O imóvel nessa região é um pouco mais caro, e difícil de aparecer, dizem que vende muito rápido. Fiquei interessada por um lado, mas o fato de ser no centro me incomoda muito.

Estive vendo uns apartamentos na Tijuca e em Vila Izabel. Vi uma casinha de vila, que a vila era um terror e a casa também não era isso tudo, mas foi bom saber que eu tenho condições de comprar uma casa. Uma geral na casa e criando um condomínio na vila, tudo seria ótimo. Essa casa era de inventário, o que é uma coisa chata, mas se tudo fosse flores valeria a pena. Mas já pensou que se depois de todo esforço, os outros moradores da vila não aderissem a melhora da vila com a criação de um condomínio para manutenção da vila como um sistema melhor no portão, uma iluminação da entrada etc? Ah... já estava esquecendo o pior problema de lá... Essa vila não entra carro e nem tem lugar para parar na rua pois é uma via de grande movimento sem vaga para carro. É uma casa de vila vai ter que ficar para depois. :/

Voltei a ver os conjugados, principalmente depois que fiz uma proposta num do Largo do Machado e ele tinha dado a entender que havia topado. Chegando, olhando de longe, o prédio era uma graça, com varandinha, um prédio desses antigos. Quando cheguei na portaria, a vontade que tive foi de ir embora. Tinha me esquecido que o prédio era meio comercial... Haviam 3 salões de beleza, destes furrecas com viados nada sofisticados atendendo, só que quando eu cheguei esses cabelereiros todos estavam na porta do prédio pois não tinham cliente na hora. Pasmem, o apartamento era no térreo com a porta de frente para porta de um desses salões! Quando o proprietário abriu a porta, o imóvel era uma gracinha, o que me deixou confusa. Bem, chegou a hora e o dono não topou a proposta que eu tinha feito. Fiz uma contra proposta que hoje me arrependo, não valia, a documentação não é legal. Ele ficou de pensar e saimos. Na saida reparei que uma porta do lado da minha não era trancada com chave, mas com uma corrente e um cadeado. O proprietário justificou dizendo que algumas daquelas salas/conjugados eram usadas pelos camelôs para guardar suas coisas. Saí de lá em pânico, deve ter rato e tudo... :/

Um dia, muito chateada, resolvi que não queria nada disso. Escolhi que seria ou no Recreio ou no Itanhangá, já que na Barra é impossível. Liguei pros imóveis do Recreio descritos como ótimos, perto da praia etc. Eu já sabia que eram perto do terreirão, uma comunidade simples do local. Os corretores só diziam que precisava ir lá para ver o acabamento de primeira. Ontem estive lá, e como minha irmã já tinha dito "os prédios são feios". Está certo que não era favela, mas puxa, nem para se inspirarem nos prédios vizinhos maravilhosos. Para começar os prédios de 4 andares não tem elevador, imagina chegar do supermercado com compras e ter que subir aquilo tudo. Entrei em 3 prédios. As escadas apertadas, tinha uma que começava mais larga e ia se estreitando, resumindo: uma visão de bêbado. Um dos prédios, sempre com corredores estreitos, tinham janelas para o corredor. janelas mesmo! janela da sala! Fora que as salas nada arejadas empatavam ou perdiam para a cozinha em tamanho... E para terminar, sabe aquelas janelas que totalmente aberta, só a metade abre? Pois bem, são as prediletas! Não por mim, claro... Bem, essas janelas que não favorecem a entrada de ar, ainda eram super pequenas, tive a sensação de que colocaram a janela da área de serviço no quarto e na sala. Gastasse uma grana para construir um negócio desses... Ontem voltei para casa frustrada.

Escrevi muito, eu sei... E olha que não contei todas as aventuras na minha busca por um imóvel... A busca continua! E cada vez que volto de uma dessas penso que ser pobre é uma merda!

terça-feira, 27 de março de 2007

Pode um padre se recusar a casar alguém por preconceito?

Vou inaugurar o blog expondo minha indignação ao ler uma matéria essa manhã de que um padre se recusou a casar um casal normal, destes de homem e mulher, não estou entrando na discussão de casamento gay na qual já conhecemos a posição da igreja.

Esse casal possui o que alguns denominam "necessidades especiais", mas pelo que li na matéria, são lúcidos e se escolheram, namoraram e agora casaram mas não foi na igreja como planejaram. Eu como noiva, não consigo acreditar que um padre, dito a serviço de Deus, pode acabar com os sonhos de um jovem casal... A minha revolta é grande, por duas aproximações (além de noiva, possuo um irmão que merece uma atenção especial), mas acho que todos deveriam se indignar com tal ato de crueldade, ainda mais por uma pessoa que se diz cristã.

Alguns devem estar pensando que isso é coisa de cidadezinha do interior, mas não é... Isso aconteceu em Niterói (RJ), pasmem!

Desculpa a intimidade, não os conheço pessoalmente, mas Claudia e Pablo merecem ser felizes.

Leiam a matéria que saiu no Estadão nessa segunda:
Padre impede casal de deficientes de casarem na Igreja
http://www.estadao.com.br/especial/papa/noticias/2007/mar/26/381.htm