quinta-feira, 29 de março de 2007

Desabrigada

Depois da tempestade vem a calmaria. Mas é impressionante como felicidade de pobre dura pouco. Bem, depois de morar na Tijuca boa parte da minha vida, vim morar na Barra. Brinquei muito com essa história pois todo tijucano quando sobe de vida vai para Barra, são os famosos emergentes. Depois que minha mãe faleceu (ano passado), as coisas ficaram meio complicadas, tudo no velho apartamento estava no nome dela e tinha sempre um mané de telemarketing ligando querendo falar com ela. Esses manés sempre diziam que o assunto era só com ela mesmo eu dizendo que era impossível... Bem, meu pai foi o nosso herói, salvou a mim e meus irmãos dessas e outras torturas... Arrumou um apartamento na Barra para morarmos, aluguel por aluguel, condomínio por condomínio. A Barra tinha muito mais a oferecer e por um custo não tão mais alto.

Aqui estou a minutos da praia e minutos do shopping, realmente emergi. Mas preciso confessar que o mais gostoso é ficar na varanda. Nunca tinha morado num apartamento com uma varanda de verdade, só aquelas tipo sacada que não cabe uma rede. Criamos alguns hábitos maravilhosos como o de trocar uma saída por um vinho na varanda. Vou sentir falta dessa varanda...

Fico preocupada com meu irmão que já tinha alguns grupos de amigos no prédio. Uma vez tocaram a campainha, eu olhei no olho mágico e mal podia ver quem era. Um grupo de crianças procurando meu irmão... Outro dia estava na piscina e caminhou na minha direção uma mulher que se não tinha idade para ser minha mãe, estava nas proximidades. Ela chegou perto de mim e disse que estavam todos querendo conhecer as irmãs do novo morador. E lá fui eu, muito sem graça, conhecer uma galera de uns 20. Sinto que essa vai ser uma outra grande perda: essas amizades.

Uma outra coisa que senti muita diferença quando cheguei aqui foi a educação dos porteiros e funcionários do prédio. Como é bom ser bem tratado. Eu que já tive uma crise nervosa com o porteiro no outro prédio, me senti tão mais tranqüila. Todos aqui estão sempre dispostos a ajudar. Imagina se algum deles iria me tratar mal por eu estar saindo tarde. Pois isso acontecia no outro prédio, sair a noite significava enfrentar o porteiro. Espero que existam mais porteiros educados por aí...

Bem, mudaremos pois o apartamento que estou foi vendido e, uma pena, não fui eu que comprei... A busca por imóvel agora é dobrada :/

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu sei que esse pessoal depois que da uma emergida não quer mais afundar, mas não custa nada. Tem uns bons apartamentos no meu prédio, mas todos 2 quartos. Eu sei que não adianta chamar, mas tenho que fazer comercial do meu prédio, pq falta gente legal la. hehehe
Bjs.